Seguir em frente parece ser fácil, e por enquanto vou fingindo que consigo

26/08/2010

7 dias, 15 dias

Ontem foi a missa de 7º dia do tio Désio e como eu chorei. Chorei demais, principalmente em ver a tristeza estampada na cara da tia Silvia (esposa) e nas primas Nadja, Nadiele e Nayara. E hoje, faz 15 dias que vovó faleceu. Saudade, dor e tristeza ditas em palavras com certeza não expressaria nem 1% do que ainda estou sentindo.
Mas falando em primas, fui injusta e venho aqui me redimir. No post anterior só falei da Dorê e da Marcelle e seria injusta não falar dos outro. Até por que a família é imensa. Pra quem não sabe, minha vó teve 23 filhos, hoje 13 deles vivos, 50 netos e 36 bisnetos, já contando com a Maria Eduarda, filha da Nayara que vai nascer em dezembro. Ah, e um tataraneto, filho do filho da Mônica.
E por incrível que pareça, depois desses acontecimentos, sinto que nós, os primos, estamos mais unidos. Parece que o sentimento do verdadeiro amor despertou em todo mundo. Mesmo aqueles mais distantes que a gente só via em datas especiais, hoje se abraçam de forma mais carinhosa e até aqueles que não se abraçavam, por serem mais retraídos, estão mais abertos e solidários.
Esse é um dos pontos bons que a vovó deixou pra gente, o verdadeiro significado da palavra família e não só aquele de fachada. Se antes a gente já se amava e se confraternizada quando um via o outro, agora ficou mais aflorado.
Pelo menos é isso que tenho percebido. Sei que cada um tem sua vida e que a correria do dia a dia muitas vezes impede da gente se ver, mas estou tranquila, feliz e serena em saber que eles estarão lá, sempre que eu ou qualquer um precisar.
Confesso que esse era um dos meus maiores medos e o que eu mais pensava no dia do velório e do enterro da vovó. Que agora, iria ser cada um cuidando da sua vida sem sequer lembrar que tínhamos primos, tios e parentes. Mas depois do sepultamento, meu irmão Rodrigo, fez um discurso de arrepiar todo o corpo. Um discurso especialmente pra nós, primos e primas. Discurso este, que diz que família é família, independente da situação e que era isso que a vovó tinha ensinado e plantado na gente.
O mesmo que eu repeti pra Nadja, Nadiele e Nayara,. Que elas poderiam contar com a gente, independente da distância e/ou da perda. Pois elas são e serão pra sempre nossas primas, apesar do pai dela (que era filho da vovó), ter falecido.
E estas vão ser as palavras que vou guardar pra minha vida e dentro do meu coração. Por que independente dos problemas que a gente tenha, é sempre bom saber que temos alguém em quem se apoiar, principalmente se este for do mesmo sangue. Até por que a nossa dor só agente é quem sabe, e mais ninguém.

24/08/2010

Em quem me apoio

Acordar, sair da cama, tomar banho, vestir a primeira roupa que eu vejo no guarda-roupa, calçar o o sapato mais confortável de todos, tomar café, anciolíticos e sair. Ninguém tem noção do quanto tem sido difícil fazer tudo isso, pois a minha única vontade é ficar deitada, deixando o tempo passar. Mas eu tenho de sair.
Tenho de ir. Resolver problemas comuns do dia a dia, ver meus pequenos que me abraçam e perguntam se eu tô bem, e principalmente tentar amenizar o que tá me matando por dentro.
Afinal, dor e sofrimento, só sabe quem passa e quem sente.
Hoje, foi mais um dia de choro. Daqueles desesperados, por estar com aquela mesma sensação do dia 13/08. Mas sei que esse choro vem para tentar tirar o que ainda resta de ruim, mesmo que esse ruim teime em ficar.
Tenho pensado no quanto essa última semana, tem de certa forma, voltado a ser como a 17 anos ou como a 9 anos. Só que com uma diferença, agora estou apoiada.
Estou apoiada em Jesus (sempre), pelo meu pai que me liga quase todo dia, pela minha mãe que tá lá em Caririaçú sofrendo a mesma dor que a minha e que tem se mostrado uma verdadeira companheira e amiga, pela Cris que não para de falar nunca, pelo Matheus que vem aqui em casa só pra me abraçar, pela Sarah que me dá beijos e mais beijos, pelo Iago que tem me ligado nos últimos dias só pra perguntar se eu tô precisando de alguma coisa, pela Lindinha que não sai de perto de mim, pela Dorê que me manda email e recado de conforto, pelas minhas tias que me fizeram ver que a união cresce ainda mais nas horas ruins, pela Marcelle que escreve coisas lindas no blog dela, pelas minhas meninas que tão vindo aqui em casa com qualquer desculpa e dos queridos que moram longe e mandam mensagem pelo msn/orkut/twitter/facebook.
E são esses apoios e confortos, no qual vou me apoiando. Pra tentar seguir adiante, mesmo sem saber onde a estrada vai dar.

22/08/2010

vida nova, casa nova

Esses dias tenho tirado pra descançar, dormir bem muito por conta de todos os acontecimentos da semana que passou. Também, tentei não chorar e muitas vezes segurei o choro pra me mostrar forte, mas por dentro eu tava e ainda tô um caquinho de vidro que foi estraçalhado no chão. Tanto que muita gente veio me perguntar se eu tava chorando desesperadamente no entenro do meu tio por ele. Em certa parte sim, mas 90% era ainda pela minha avó.
Mas esses dias não aconteceram só coisas ruins, pra quem não sabe tô de mudança e vou casar.
Quem me conhece sabe que eu namoro com o Matheus faz 2 anos e 9 meses e a gente finalmente decidiu juntar nossos trapinhos. O pai dele deu grande parte da grana para a compra da casa e o resto a gente financiou, como bons brasileiros que nós somos.
E tá sendo legal esse negócio de limpar, olhar móveis, comprar besteirinhas pra deixar a casa bonita. Nunca pensei que fosse ficar tão empolgada assim.
Graças a Deus, a gente tem praticamente tudo e só precisou comprar mesmo a geladeira, o fogão e ainda estamos esperando a doação de TV de LCD de alguma alma caridosa.
Pra quem não sabe a nossa história, vou tentar resumir:
A gente tava vindo de namoros e relacionamentos meio frustados e fracassados, tava naquela fase de querer curtir loucamente a vida. No início queria apenas ficar com ele e nada mais, só que quando a gente se beijou pela primeura vez, a única coisa que eu pensei foi: "f%#&@, agora pra eu largar dele vai ser difícil", daí eu tive de escolher entre continuar naquela de procurar eternamente o "príncipe encantado" ou então ficar com ele e deixar acontecer e rolar uma história legal.
Preferi a segunda opção, afinal já tinha passado da idade de acreditar que príncipes encantados existem, e que aquele amor desesperado pode até durar, mas ele sempre acaba em alguns meses. Afinal, a vida já tinha me ensinado tudo isso.
Claro que como todo casal, a gente briga (e muito), mas logo em seguida senta, conversa e resolve o que é melhor pros dois e com certeza, o que faz com que a gente fique cada vez mais juntos é a sinceridade que a gente tem um com o outro. Nada daquilo de ficar rodando e embromando pra falar o que pensa e acha. Não gostou, fala e acabou.
Sei que nem tudo é pra sempre e que o pra sempre sempre acaba (como diria Nando Reis), mas por enquanto vou seguindo e vivendo o meu conto de fada real que eu escrevo todos os dias.


Depois coloco fotos aqui pra vocês verem a nossa casinha verdinha.

20/08/2010

Estou de volta!

Hoje resolvi reativar esse blog que eu tinha feito a um tempo atrás, escrito um monte de besteiras e depois apagado tudo. Agora estou aqui pra tentar amenizar um pouco o que tá me corroendo por dentro.
Por que com certeza essa foi uma das semanas mais sofridas e difíceis da minha vida, afinal quando a gente perde alguém muito querido, principalmente quando não estávamos esperando, o baque é maior.
E o baque tá sendo maior pq não só minha avó materna faleceu (ela faleceu dia 13 de agosto, sexta-feira passada), mas ontem meu tio,filho dela, que estava muito doente não aguentou e também faleceu.
Mãe e filho partiram em 1 semana, 7 dias justinhos. e nós ficamos aqui partidos, por dentro e por fora. Afinal, dava pra notar só em ver a cara de sofrimento e cansaço dos meus tios e primos, e fora a minha que tá um caco.
E sempre imaginei que seria assim. Da mesma forma que foi com meu avô paterno a 17 anos e a Ôde, minha segunda mãe, que se foi em 2001.
A dor que estou sintindo não é pelo fato dela ter morrido, pq sei que todo mundo um dia vai morrer, mas pela imensa saudade e o sentimento de impotência que fica aqui dentro do peito.
Amava demais ela pra não ficar assim. Amava pela pessoa que ela era, pela sua história e vida. Pode ser até demagogia falar isso, afinal todo mundo fala isso quando alguém morre, mas não. Ela era 1 super-heroína, como poucas que existem pelo meio desse mundo.
Depois vou contanto a história dela aos poucos pra não ficar um texto imenso.
Mas hoje, retomo o meu blog, pra tentar aliviar um pouco a dor e o sofrimento.



Marcele, prima, peguei eu blog como exemplo e pode ter certeza que vou te copiar muitas vezes.